sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
A Busca da Segurança Total: O Princípio, Meio e o Fim da Administração Humanista ...
E a matéria sobre SEGURANÇA NO TRABALHO não é ministrada nos cursos de formação de engenheiros, nem de administradores e nem de tecnólogos ... Como então ajudaríamos a REDUZIR os acidentes de trabalho no Brasil?
Baixe o Livro Texto do Sistema de Segurança Total no LinK a seguir:
Trabalhei numa das mais perigosas atividades para profissionais, uma Usina Siderúrgica Integrada, durante quase 22 anos. Acumulei cerca de 48.000 horas de engenharia aplicada. Lá perdemos vários amigos e conhecidos em acidentes de trabalho – cerca de 10 mortes em média ao ano – com circunstâncias inacreditáveis. Para uns vi os “destroços”, para outros não tive coragem ...
Percebi que apesar da empresa ter CIPA, utilizar as normas reguladoras PCMSO – Controle Médico e Saúde Ocupacional, PPRA – Prevenção de Riscos Ambientais, ter engenheiros e técnicos em segurança no trabalho ... Os acidentes aconteciam.
Então fui estudar as causas e conseqüências dos acidentes e terminei propondo a formulação de um Sistema da Segurança Total, o qual não chegou a vingar. Havia mais créditos para a organização oficial da segurança industrial, já que estava regulado por normas brasileiras ... Mas, os acidentes continuaram, mesmo aos esforços do Departamento de Segurança do Trabalho em reduzí-los.
E houve boicote, uma vez que o Sistema de Segurança Total criava nos trabalhadores a possibilidade de realizar suas tarefas com o AUTOSENSO DE SEGURANÇA RACIOCINADA, como o próprio crente preparado para interpretar a Bíblia. E isto iria tirar poder do sistema de segurança TUTELADA.
E a matéria sobre SEGURANÇA NO TRABALHO não é ministrada nos cursos de formação de engenheiros, nem de administradores e nem de tecnólogos ... Como então ajudaríamos a REDUZIR os acidentes de trabalho no Brasil?
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Era um período conturbado na região do vale industrial. Intensos movimentos de trabalhadores sacudiam o sossego aparente das ruas, reivindicando melhores condições de trabalho. A qualidade de vida deixava muito a desejar. Havia sofrimento físico e moral.
O Complexo Siderúrgico local tinha um grande volume de insatisfações canalizado contra a administração. As reclamações trabalhistas minavam a resistência econômica do complexo, cujos resultados incentivavam um número maior de ressarcimentos por perdas e danos e outros títulos legais.
Famílias de trabalhadores lutavam nos tribunais requerendo indenizações vultosas para invalidez ou óbito de seus parentes acarretados por acidente de trabalho e outros desajustes.
Todo esse clima preocupava o pessoal da administração, que estava prestes a assumir a direção do Complexo Siderúrgico. Um caldeirão de lamúrias e dor.
Um prodigioso administrador conhecia bem os fundamentos da tecnologia que iria gerenciar. O grupo acionário majoritário selecionou seu currículo, tal o profundo conhecimento que revelava sobre competência social e sobre a dignidade humana.
Sua experiência geral mostrava domínio em Administração da Qualidade e suas disciplinas correlatas, o que seria suficiente como um empreendedor modernizado, que tomaria por base a aplicação prática da Teoria de MASLOW, sobre o crescimento do ser humano, o desenvolvimento de seu potencial e criatividade.
A Região estava com alto índice de pobreza e com muitas deficiências estruturais na educação, na conservação urbana, na assistência hospitalar, na segurança pública, no saneamento e outras situações precárias ligadas à atividade sociopolítica.
Numa manhã de sábado, às vésperas da posse, houve uma reunião, para uma última conversa de acerto sobre o plano de ação que seria utilizado para iniciar um esquema visando garantir a sobrevivência do complexo.
Sentados à mesa do café os novos administradores estavam silenciosos e fitavam o nascer do sol ao fundo à varanda. Leram as páginas do resumido relatório fornecido pelo atual Conselho Administrativo do Complexo Siderúrgico.
Após breve reflexão começaram a debater os itens mais críticos demonstrados. Concluíram que deveriam iniciar resolvendo o problema de segurança e de relacionamento humano. Muitos conflitos estavam associados a esses temas.
Em parte tinham razão. Mas, outros problemas pareciam ser emergenciais. Não deveriam adotar programas temporários. Teriam que ter algo que passasse a representar o objetivo real das pessoas no dia a dia de trabalho. Algo que fizesse convergir todos os esforços numa luta comum pela sobrevivência.
A questão da luta dos sindicatos locais preocupava. Eles estavam em busca de um direito humano que seria a construção do homem plenamente realizado. Os Administradores teriam que usar as habilidades de especialistas no campo de segurança no trabalho e de Recursos Humanos.
Os Direitos Humanos precisavam ser assumidos para concretizar uma sociedade saudável, e se não conseguissem transmitir esses efeitos por todo o país pelo menos na comunidade local deveriam fazer acontecer. As reivindicações sindicais, em totalidade, esbarram nesses direitos não cumpridos pelas empresas e pelo governo. Eliminando as aberrações reivindicativas os empregados ficam bastante felizes com tal atenção da empresa.
Direitos Humanos cumpridos no trabalho são pontos fundamentais da questão de sobrevivência que favorecem o lado financeiro de qualquer empreendimento.
Uma coisa ficou clara. O requisito essencial que seria convertido para a prática administrativa, era a de considerar o HOMEM EM PRIMEIRO LUGAR, O LUCRO UMA CONSEQUÊNCIA DISSO.
O dia estava firme e luminoso, pouco quente e bem agradável. O novo administrador levantou para observar o amanhecer que se completava enquanto fazia sua meditação diária, desenvolvendo sua capacidade pensante e de fazer acontecerem às boas coisas. Ele sempre se empenhou em tornar a Terra um lugar feliz para os homens. Sua responsabilidade era grande, pois volta e meia estava colocado na direção de grandes corporações. Por onde passou deixou fervorosos amigos e seguidores e quando podia visitava-os, mantendo os elos de amizade e carinho. Seu senso de justiça, algo salomônico, com imenso conteúdo de sabedoria possibilitou a convivência pacífica entre escolas de comportamento e pensamento diferentes.
A posse foi cansativa, mas a esperança de um bom trabalho e razoável receptividade dos empregados, do Complexo Siderúrgico, mostravam-lhe um futuro possivelmente promissor.
Antes do início do expediente ele iria ter uma conversa preliminar sobre as condições lastimáveis de segurança do trabalho no complexo com o consultor contratado.
Depois de demorada conversação de encontro e um pequeno cerimonial de café o novo administrador entendeu, com a leitura do relatório mencionado, que parecia haver um exterminismo consentido, inadvertido e não erradicado no trabalho de muitas empresas no país. O trabalho carrega consigo preocupações humanitárias, com relação à preservação da integridade física e mental dos empregados.
Trabalho sem acidentes é um "Direito Humano.”
Atualmente no país haviam movimentos relacionados à redução de custos, defeito zero, qualidade total, muitas ações relacionadas a poderosos slogans, mas não se via, nem tão pouco se lia algo relacionado à SEGURANÇA TOTAL. Pode ser utópico, mas é viável formular um sistema que coloque o índice de acidente em nível de parte por milhão (PPM). A segurança absoluta é atingida quando os fatores concorrentes das atividades tiverem seus limites de falibilidade conhecidos. A confiabilidade nas tarefas, operações, rotinas e serviços representam à verdadeira garantia na ausência de acidentes...
Um sistema de trabalho pode ser concebido para chegar à segurança absoluta. É preciso que as falhas da administração sejam eliminadas para atuar na prevenção e no diagnóstico dos casos de acidente com “mãos limpas”. Todo administrador deve demonstrar a importância do Homem na organização e na sua função, no setor, para criar o instinto de prevenção raciocinada, instruindo o empregado quanto a cenografia do seu local de trabalho, os instrumentos, máquinas e equipamentos dispostos, para identificação dos meios adequados de prevenção e proteção, além de detalhar como que os equipamentos de proteção individuais são utilizados e para quê.
Fizemos essa abertura para dizer que os administradores são os responsáveis por tudo que dirigem, até pelo que os seus prepostos decidem! Quem lembra de ter lido a notícia sobre o pedido de demissão do Presidente de uma Companhia Aérea Japonesa (no início dos anos 1990), devido a um desastre aéreo de grandes proporções, envolvendo um avião seu? Será que todo administrador tem que chegar a esse ponto?
No enfoque dessa questão os administradores deveriam determinar as diretrizes de trabalho para atingir as metas operacionais, de rotina e aquelas estratégicas, ligadas à sobrevivência, tudo que decorresse em termos de acidentes, para tais metas, seria um ponto negativo, para eles. É importante criar comitês setoriais de segurança, para estabelecer a co-responsabilidade, cujas ações seriam conduzidas por empregados e supervisores locais.
O Controle da Qualidade Total promove o Defeito por Milhão (DPM). Mas, segurança total não admite DPM, pois decorrer daí a admissão do exterminismo ou da invalidez e o corpo humano é uma expressão da matéria de elevada significação divina.
A infinidade de fatores que se interagem para que uma atividade seja realizada coloca o sistema de segurança total (ou absoluta) na esfera da onisciência e onipresença, que são propriedades de Deus Todo-Poderoso.
A força e o esforço do Homem, sua inteligência, sua habilidade e perícia, sua intuição e inspiração são os recursos que a humanidade recebe como graça dos céus, para estabelecer o seu progresso material e espiritual, então o dever do Homem é progredir com os direitos que lhe garantam esse progresso.
Uma empresa deve zelar pela melhoria da escolaridade do seu pessoal, ou por educação e treinamento na função, com alto índice de capacitação tecnológica, ou por cursos de aculturação sobre disciplinas humanas ou por aqueles que permitam seu autoconhecimento, para atitudes e comportamentos mais nobres e de alto valor. Apenas isso já faz cair o índice de acidente.
O Homem precisa sentir-se útil no servir a empresa, através do seu crescimento favorecido pelo amadurecimento psicossocial que o coloca em nível de trabalhos férteis e de grande envergadura. Sua significação na família e na sociedade é tão importante que muitos dependem emocionalmente dele, antes de depender de outras formas de suprimentos que pode oferecer.
O Homem é uma porção do todo e que dele consta e que dele depende e ele influencia, assistido pela inteligência superior. O processo histórico da evolução do homem, do Gênese à condução do seu próprio destino na Terra, submetida às leis físicas e químicas, tempo e temperatura, local e cultura, religião, filosofia e ciência demonstra uma caminhada inigualável em que cada criança que nasce - Homem de amanhã - é única e irreproduzível por genitores únicos e irreproduzíveis. Esse é o grande gigantismo da representação divina do homem, imagem e semelhança de Deus.
Perder uma unha ou um dedo é uma grande perda. Perder uma vida é uma grande perda para o Todo, na visão Holística. Tudo depende de tudo. O Homem só deveria morrer quando se encerrasse o ciclo biológico natural da sua vida, dentro da expectativa média local até mesmo acarretado por falhas congênitas, características hereditárias e problemas adquiridos.
Um acidente de trabalho, se tomado como ocorrência casual ou do acaso, ele aborta a vida ou invalida a mesma, fora do seu ciclo natural.
A maior incidência de acidentes é em serviços ou operações de alta periculosidade, combinada com pessoas de baixa escolaridade ou qualificação, e mesmo assim os grandes responsáveis são os que dirigem os trabalhos e presidem seus resultados.
A maioria dos resultados analíticos de um acidente tem dado a impressão de que a probabilidade do acidente esteve relacionada apenas com o homem (falha Humana), mas a ciência de análise e a imparcialidade dos analistas, sem pressão psicológica das empresas, já consegue mostrar que a redução da taxa de acidente depende de diversas variáveis ou fatores que em sua maior parcela, e em peso, dependem de uma boa organização da empresa.
A administração da empresa deve demonstrar interesse em prover recursos necessários para se conduzir os estudos relacionados à análise dos acidentes ocorridos e que muitas vezes podem ficar não totalmente esclarecidos. Quando uma série de acontecimentos difíceis de explicar, a priori, levam a algo construtivo podemos dizer que chegamos uma coincidência. Mas, quando eles levam a resultados destrutivos chamamos de catástrofe ou acidente. As falhas podem ter causas fundamentais descobertas a posteriori, porém o resultado catastrófico já é um fato consumado, com conseqüências complexas.
A concepção de um sistema de segurança total implica numa revisão aprofundada de toda a organização.
Todo trabalhador deve ter motivação para prevenção de acidentes. Tanto se previne, mas ainda ocorrem acidentes. Por isso, tal sistema de segurança total deveria atuar nas causas potenciais externas e nas componentes internas, essas últimas restritas ao limite psicofísico do homem.
No período anterior à Qualidade Total (QT) apenas engenheiros e técnicos especialistas em Qualidade efetuavam o Controle da Qualidade, centralizado, nas empresas. Durante o advento da QT todas as pessoas têm responsabilidade pela Qualidade. O senso de preservação da integridade individual deve ser algo raciocinado, portanto cada pessoa tem que assimilar os fundamentos da preservação individual, para que atue em suas tarefas com a percepção e a habilidade em identificar uma atividade de perigo potencial por meio de evidências objetivas. Ensiná-la a prever o meio de prevenção, proteção e advertência.
Em verdade o que se pode inferir é que todo administrador deve refinar o processo seletivo das pessoas, de educação e treinamento e desempenho no trabalho. Seria dirigir um método seletivo de aptidão intelectual, em função da área de trabalho e seus riscos inerentes. É óbvio que aptidão e treinamento são condições para melhor nível de sobrevivência. No meio-máquina, por exemplo, sobreviverá, isto é, implementará maior desempenho com segurança aquele que se classifica nos critérios do processo de seleção e de qualificação para certo posto de trabalho. Um poderoso esquema de recursos humanos sempre deve ser considerado para tal.
Pode-se instituir um SISTEMA DE SEGURANÇA TOTAL com processo de comunicação simplificado, de modo a alcançar o entendimento mais simples do pessoal com menor grau de instrução e escolaridade. Muito embora constem das fichas de descrições ocupacionais dos empregados, uma atribuição referente a obrigação de se inteirar sobre normas de segurança, aplicáveis em seu setor de trabalho, os fundamentos do sistema de segurança total deveriam ser expandidos para todas as pessoas. Assim estariam habilitadas a identificar as evidências objetivas que denunciassem os perigos potenciais.
Certamente, a proposta do sistema de segurança total seria o esboço de um grande esforço para reduzir ou erradicar o acidente de trabalho em qualquer Complexo Industrial ou de Serviços. Só o tempo oferece, com o aprimoramento do modelo adotado, um sistema que leve à segurança absoluta (acidente por milhão ou por bilhão).
Engº Lewton Burity Verri
CREA 74-1-01852-8 UFF – RJ
Ex-engenheiro senior da CSN – Volta Redonda - RJ
Copyright © 1994 - Engº Lewton Burity Verri
terça-feira, 16 de agosto de 2011
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Suspeito de tentar roubar fios fica preso em poste em Salvador
Caso aconteceu na madrugada desta quinta-feira, no bairro Jardim Baiano. Jovem tem 25 anos e segue internado. Há suspeita de consumo de crack
Um rapaz de 25 anos foi atingido por uma descarga elétrica de alta tensão quando tentava roubar a fiação de um poste de energia, no bairro do Jardim Baiano, em Salvador.
O rapaz subiu no poste por volta das 00h40, sendo resgatado às 3h da madrugada desta quinta-feira (2) pelo Corpo de Bombeiros. A polícia suspeita que o rapaz tenha consumido pedras de crack.
(Foto: Leandro Proença/ Arquivo Pessoal)
O fotógrafo paranaense Leandro Proença, de 51 anos, residente do bairro há 20 anos, flagrou a ocorrência. Testemunha do caso, Proença relata que o rapaz pretendia roubar cobre, material presente na fiação elétrica dos postes, para trocar por pedras de crack.
Segundo ele, a violência e a circulação de consumidores de drogas como crack na região, que é considerada nobre, são notórias e contínuas. “Eles usam essa região para dormir, roubar e fazer loucuras, como subir em um poste de altíssima tensão. É um caso terrível. Perto daqui há uma área de consumo de crack, atrás do Fórum (Ruy Barbosa), na Ladeira de Santana, e ninguém faz nada”, afirma.
O rapaz eletrocutado está internado no Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), ele sofreu queimaduras de terceiro grau, principalmente na mão direita e na coxa esquerda. Conforme a Sesab, há risco do jovem perder a mão, mas a confirmação só virá após a avaliação de um cirurgião vascular.
A equipe do G1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia e com o delegado de Tóxicos e Entorpecentes, mas, de acordo com a assessoria, eles estão impossibilitados de atender à imprensa por conta do acompanhamento de operações policiais que ocorrem nesta quinta-feira.
domingo, 29 de maio de 2011
Bueiro explode em rua movimentada do centro carioca
Houve deslocamento da tampa mas ninguém ficou ferido
Segundo o Corpo de Bombeiros, antes da explosão, foi registrada a saída de fumaça do bueiro.
De acordo com a Light, o problema foi causado por um defeito em um cabo de baixa tensão.
Segundo a concessionária, o fornecimento de energia elétrica está normalizado na região. Apenas um prédio da rua Riachuelo, que teve a energia interrompida, está sendo abastecido por um gerador.
sábado, 21 de maio de 2011
Acidentes do trabalho: uma doença endêmica que acontece no Brasil todo
16/05/2011
O número de acidentes de trabalho vem crescendo em todos os setores econômicos e, segundo dados do governo, os acidentes e doenças do trabalho custam, anualmente, R$ 10,7 bilhões aos cofres da Previdência Social, através do pagamento do auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadorias. Deve ser frisado que essas estatísticas de acidentes de trabalho refletem somente os acidentes registrados pela Previdência Social. Estima-se que ainda haja no Brasil uma alta taxa de subnotificação de acidentes de trabalho.
A prevenção aos acidentes do trabalho é a ferramenta mais importante para evitar a incapacitação de milhares de trabalhadores. Para os especialistas, a prevenção aos acidentes do trabalho é a ferramenta mais importante para evitar a incapacitação de milhares de trabalhadores, apesar de muitas empresas não entenderem a prática como um investimento rentável. Enquanto este quadro não mudar será difícil conseguir reduzir o número de acidentes de trabalho.
Algumas mudanças na rotina de trabalho, entretanto, também podem minimizar os efeitos nocivos que a própria rotina de algumas profissões ocasiona. Já é comum em muitas empresas a prática da ginástica laboral, que previne contra as lesões por esforços repetitivos (LER). Algumas oferecem também academias, cinema no horário do almoço e palestras sobre qualidade de vida, que comprovadamente melhoram a produtividade do trabalhador.
As empresas não consideram rentável investir na segurança do trabalho porque após o 15º dia de afastamento quem garante o salário do acidentado é a Previdência Social. O que se pode propor é a uma mudança na legislação e obrigar os empregadores a pagarem todos os custos de acidentes de trabalho causados, por exemplo, por negligência da empresa. A partir do momento em que o empresário sentir no bolso os custos dos acidentes, ele vai se preocupar em investir em prevenção e saúde ocupacional e isso precisa ser debatido por empregados, empregadores e governo.
O presidente da Target Engenharia e Consultoria, Mauricio Ferraz de Paiva, acredita que uma solução para amenizar todo essa conjuntura é conhecer a norma NBR 18801 de Sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) – Requisitos, a fim de auxiliar no gerenciamento pela redução de acidentes e doenças ocupacionais. “Alguns dos referenciais da norma são a normativa internacional OHSAS 18001 (Occupational Health and Safety Assessment Series) e as Diretrizes sobre Sistemas de Gestão de SSO da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo a ABNT, essa norma vai além e busca levar em conta peculiaridades da realidade brasileira e das micro e pequenas empresas. Ela engloba o gerenciamento dos processos em questões de SST estimulando a melhoria contínua das condições de trabalho e contribuindo para a redução de custos, riscos, acidentes e doenças ocupacionais”, explica.
“Muitas organizações estão implementando um sistema de gestão da saúde ocupacional e segurança como parte de sua estratégia de gerenciamento de riscos para tratar questões como a mudança de legislação e proteção de sua força de trabalho. Um sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional promove um ambiente de trabalho mais saudável e seguro porque é uma ferramenta que permite às organizações identificar de forma consistente e controlar os riscos para a saúde e segurança, reduzindo o potencial de acidentes, melhorando a conformidade legal e o desempenho da organização como um todo”, acrescenta.
Enfim, a situação atual do trabalhador brasileiro é reconhecidamente grave em relação à saúde e segurança no ambiente de trabalho. A cada dia, empregados brasileiros sofrem acidentes de trabalho. Infelizmente muitas vezes com morte ou incapacidades permanentes e, com efeito, famílias inteiras desmembradas e desprotegidas. Nas últimas décadas algumas medidas foram adotadas no sentido de melhorar as condições de trabalho e, por conseguinte, a saúde e segurança laboral.
“O enfoque deve mudar de curativo e reativo para preventivo e proativo. E a busca da conscientização e da transformação das intenções em ações depende de cada um e de todos, pois a saúde é responsabilidade de todos, mas só se responsabiliza e compromete aquele que é livre para pensar e agir, sendo consciente de si mesmo e da realidade. Pois somente nessas condições, é possível haver responsabilidade e comprometimento com ideias e valores”, conclui Ferraz.
Fonte: http://www.incorporativa.com.br/mostranews.php?id=6151
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Redes de Distribuição com Cabo Coberto para Operação em Ambientes Agressivos da Orla Marinha
quinta-feira, 21 de abril de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
Identificação e Corte de Cabos Potencialmente Energizados em Alimentadores Elétricos Subterrâneos de Média Tensão
NORMATIZAÇÃO EM AMBIENTE CONFINADOS - NR-33
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Aplicação de Redes de Distribuição Subterrâneas na CEMIG
Após explosão de bueiro, funcionários da Light entram em alerta
Segunda-feira, 4 de abril de 2011 - 12h31 Última atualização, 04/04/2011 - 12h31
Explosão aconteceu na última sexta-feira na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com Rua Bolívar, no Rio de Janeiro
Do Metro
cidades@eband.com.br
A declaração do presidente da Light, Jerson Kelman, de que a cidade possui 130 câmaras transformadoras subterrâneas em estado crítico, sem manutenção, e que novas explosões em bueiros podem acontecer – como a que ocorreu em Copacabana, na noite de sexta-feira – acendeu o alerta vermelho no Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (Sintergia-RJ).
Preocupados com a integridade física dos trabalhadores e da população, a executiva do sindicato vai se reunir hoje para debater sobre os riscos que estão correndo.
“Estamos todos muito preocupados. Sabíamos do sucateamento dos equipamentos, que têm mais de 30 anos, mas a declaração do presidente é inequívoca. Vamos nos reunir com as equipes que trabalham na zona sul e no Centro (regiões onde estão as 130 câmaras subterrâneas sem monitoramento) para ver até que ponto os trabalhadores estão se expondo a riscos”, informou o eletricitário Jorge Barbosa, diretor de comunicação do Sintergia e funcionário da Light há 35 anos.
Para o diretor do sindicato, Urbano do Vale, o tamanho da explosão leva a crer que havia presença de gás na rede subterrânea. A explosão na avenida Nossa Senhora de Copacabana, na altura da rua Bolívar, arremessou a tampa do bueiro – que pesa uma tonelada – a cinco metros de altura.
“Aquela proporção de explosão não é uma situação comum, não é meramente um curto circuito. Devia ter presença de gás”, acredita Urbano.
Ele acrescenta que a rede subterrânea da CEG também precisa ser revista. “Próximas às estações da Light, passam as tubulações da CEG, que também têm equipamentos e canos velhos, precisando de manutenção. As velhas tubulações podem propiciar acúmulo de gás e vazamentos, justamente onde estão os transformadores da Light, causando explosões”, explica o diretor.
Para evitar acidentes como esse, a Light estava implantando um sistema de monitoramento remoto, com sensores e câmeras interligados ao Centro de Controle Operacional (CC) da empresa, o que permite identificar vazamentos imediatamente.
Segundo a concessionária, o plano inicial era concluir esse projeto em todas as câmaras subterrâneas até o fim do ano. No entanto, após a explosão, a Light vai se reunir esta semana para traçar um plano de ação, a fim de acelerar o processo.
Fonte: http://www.band.com.br/jornalismo/cidades/conteudo.asp?ID=100000417273
quinta-feira, 17 de março de 2011
Morte de eletricistas - Concluído, inquérito incrimina 4 pessoas
Na tarde daquele feriado de Tiradentes, funcionários de três empresas terceirizadas prestavam serviço à Copel (Companhia de Energia Elétrica do Paraná), quando o religamento antecipado de uma rede de alta tensão causou uma descarga elétrica de 34 mil volts que provocou a morte dos eletricistas Valter e Jair. O funcionário Valdecir Leandro de Freitas, que trabalhava dentro da caçamba de um guincho, também foi atingido pela descarga, porém, em menor proporção. Ele já se recuperou e voltou ao trabalho.
O inquérito do caso tem mais de 70 páginas, possuí depoimentos dos trabalhadores que testemunharam o fato, funcionários da Copel, técnicos e especialistas da área. “Durante a investigação, nós consultamos especialistas para elaborar um relatório técnico e preciso sobre o que aconteceu. Ouvimos também todas as pessoas que estiveram envolvidas na operação de energização da rede naquele dia. Ao final das investigações nós indiciamos essas quatro pessoas, pois, concluímos que elas foram negligentes deixando de cumprir certas cautelas. Se essas medidas tivessem sido tomadas, a morte desses eletricistas não teria ocorrido”, revela o delegado Edgar Dias Santana.
O crime - Na época, os depoimentos do inquérito confirmavam uma só versão: De acordo com os eletricistas que testemunharam a morte dos colegas, quatro empresas trabalhavam no local na instalação de uma linha de alta tensão. O trabalho que foi iniciado às 9 horas tinha término previsto para às 15h, quando a rede seria energizada. Segundo as testemunhas, próximo ao horário do término, somente os funcionários da empresa onde trabalhavam as vítimas ficaram no local para terminar um trabalho. Um fiscal da Copel foi avisado que a tarefa atrasaria em 15 minutos. Esse fiscal repassou a informação por rádio para a Copel, porém, a rede foi ligada 10 minutos antes.
Conforme o delegado, a morte dos eletricistas ocorreu por volta das 14h50 em virtude da imprudência de funcionários que cuidavam da operação da energização da rede. “Apurou-se que os responsáveis pela elaboração do procedimento não foram detalhistas como manda a norma que regulamenta a atividade exercida por eles”, diz.
O inquérito que seguiu ontem para o fórum deve ser analisado pelo Ministério Público nos próximos dias. “Nós relatamos hoje [ontem] e encaminhamos à promotoria. Esse inquérito será encaminhado ao Ministério Público que, entendendo que há elementos suficientes pode oferecer denúncia ou devolver para a Polícia Civil para elaborar mais provas”, concluiu.