Qui, 30 de Dezembro de 2010 07:10
Negociações em curso prometem megafusões no setor elétrico no primeiro trimestre de 2011. Caso se confirmem, duas "superelétricas" surgirão no início do governo de Dilma Rousseff.
Concluídas, essas transações concentrarão 42% da energia consumida no país em dois grupos: Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e CPFL Energia. Hoje, os dois grupos detêm juntos 30% do mercado e uma rentabilidade considerada satisfatória por investidores e analistas financeiros.
Com a revisão tarifária que será feita pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o desempenho das concessionárias tende a piorar. Solução: fusões ou aquisições.
A Cemig, que já é a maior distribuidora do país, avançou nas negociações com os portugueses da EDP pela compra da Bandeirantes (com concessão no Vale do Paraíba-SP) e Escelsa (distribuidora do Espírito Santo).
Os mineiros também mantêm conversas com os espanhóis da Endesa pelo controle da Ampla (responsável pela distribuição em grande parte do Rio do Janeiro) e da Coelce (Companhia Energética do Ceará).
A inclusão da Coelce no pacote não é definitiva. A proposta encontra resistência entre alguns sócios da Cemig. A estatal mineira prefere adquirir distribuidoras com áreas de concessão contíguas à sua.
Em seus planos está a criação de um "cinturão elétrico" que cortará os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Caso consiga uma consolidação desse porte, a companhia controlará a venda de mais de 100.000 GWh por ano.
Sozinha, a Cemig distribuiria mais energia do que gera Itaipu Binacional, a segunda maior hidrelétrica do mundo. Também concentraria quase um terço da distribuição nacional de energia, consolidando-se como a maior do país.
O objetivo desses acordos é a busca de escala na distribuição de energia e a tentativa de diluir custos para prestação do serviço. Dessa forma, as companhias podem manter a rentabilidade num cenário de aperto tarifário.
NEGOCIAÇÕES
Os primeiros contatos com a Cemig teriam sido feitos em novembro e as negociações começaram efetivamente no início deste mês, resultado do agravamento da crise que leva Portugal e Espanha a conseguir recursos para fechar metas financeiras e honrar com dívidas.
No caso da EDP, o governo português (que é acionista) até já retirou a "golden share", ação especial que dá poderes de veto ao Estado na venda de ativos da empresa.
A Folha apurou que o governo português já deu aval para o negócio, que geraria algo em torno de R$ 3,5 bilhões, valor pedido pela EDP.
Apesar de colocarem mais barreiras, os espanhóis da Endesa também querem vender suas distribuidoras no país. As conversas avançam devagar porque os espanhóis insistem em receber o valor de mercado pela Ampla, algo em torno de R$ 5,4 bilhões.
OFENSIVA "PAULISTA"
A segunda "superelétrica" deve surgir de um acordo entre a CPFL Energia e a Neoenergia, grupo que controla usinas de geração e distribuidoras na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. É a maior base de clientes entre as elétricas brasileiras, com 9 milhões de ligações ativas.
Levantamento da Folha indica que o negócio pode criar um grupo com 16,2% de participação no mercado de distribuição de energia.
A Folha apurou que o esforço para um acordo entre CPFL e Neoenergia parte da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. O fundo participa do controle das duas empresas e estaria interessado em promover uma fusão entre as duas companhias.
A construtora Camargo Corrêa, que divide o controle da CPFL com a Previ, está inclinada à compra da Neoenergia. Já os espanhóis da Iberdrola, que controlam a Neoenergia com a Previ, defendem a fusão.
O banco Morgan Stanley foi contratado para assessorar a Previ. A CPFL conta com o BTG Pactual. A Iberdrola não tem consultoria externa.
Fonte: Folha de São Paulo/JULIO WIZIACK/AGNALDO BRITO/DE SÃO PAULO
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Epagri/Ciram ministra curso de meteorologia para técnicos da Celesc

O curso foi ministrado pelo meteorologista Clóvis Corrêa (de pé)
15/10/2010 16:54h
O meteorologista Clóvis Levien Correa, da equipe da Epagri/Ciram, encerrou em outubro uma série de aulas do curso “Noções básicas sobre meteorologia para uso das áreas operacionais da Celesc”. O curso é resultado de uma parceria entre Celesc e Epagri/Ciram que envolve o monitoramento e previsão do tempo para as 16 agências regionais da distribuidora de energia do Estado, além da emissão de laudos meteorológicos.
O setor de meteorologia da Epagri/Ciram produz, diariamente, boletins de previsão do tempo, avisos meteorológicos e outros produtos específicos para a Celesc. Esse material chega diretamente aos funcionários da companhia de energia elétrica por e-mail e também é disponibilizado em um site de uso interno da empresa.
“Nossa intenção com o curso foi fornecer informações que capacitassem os técnicos da Celesc a conhecerem melhor a linguagem da meteorologia, dando subsídios para facilitar ainda mais a interpretação do material oferecido”, define Corrêa. Os cursos, realizados em Florianópolis, Jaraguá do Sul, Lages e Chapecó, procuraram também propiciar ao público noções básicas sobre os principais sistemas meteorológicos que atingem cada região do Estado e o quem eles podem provocar. “Foi preciso adequar o conteúdo de cada curso, enfocando os sistemas de cada região”.
Washington Luiz Alcântara, do Departamento de Operação do Sistema Elétrico da Celesc, foi um dos organizadores do curso. Ele explica que as informações meteorológicas servem principalmente para que Celesc planeje suas ações de manutenção e reparo na rede elétrica estadual. “Avisos de ventos fortes, por exemplo, podem gerar a mobilização antecipada de equipes de manutenção, pois sabemos que tais eventos podem causar o arremesso de galhos e outros objetos na rede aérea, arrebentando fios ou provocando curtos circuitos que interrompem o fornecimento de energia”, explica.
De acordo com Alcântara, cada edição do curso teve entre 15 e 20 participantes, a maioria deles chefes operacionais, que são os responsáveis pelo planejamento das atividades e coordenação das equipes técnicas. A última edição, realizada nos dias 7 e 8 de outubro em Florianópolis, teve como público, além dos técnicos, profissionais do setor comercial da Celesc, que também atuam no agendamento de atividades de campo. Cada participante do curso recebeu uma cartilha elaborada pelos meteorologistas da Epagri/Ciram, material que também será disponibilizado no formato digital dentro do site específico da Celesc.
Fonte: Gisele Dias - Assessoria de Comunicação Epagri/Ciram
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Governo começa a estudar situação energética para a Copa de 2014
São Paulo, 27 de Julho de 2010 - 09:00
Grupo de Trabalho foi criado para levantar as necessidades do sistema elétrico
Da redação, com informações da Agência Brasil
Fonte Maior Fonte Menor
Crédito: GettyImages
O governo iniciou a preparação do setor energético para a Copa de 2014, que será realizada no Brasil. Nesta segunda-feira (26/07) foi formado um grupo de trabalho que vai estudar a situação do setor e apontar necessidades de geração, transmissão e distribuição de energia para atender à demanda que será criada pelo Mundial. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o levantamento deve ser concluído até o fim do ano. “O objetivo é prover um nível de segurança necessária para que não haja interrupção durante os jogos.”
O grupo foi formado durante a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os trabalhos serão coordenados pelo Ministério de Minas e Energia. Também serão formadas várias forças-tarefas, que ficarão sob a coordenação do ONS e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os trabalhos terão apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das distribuidoras e das secretarias estaduais.
Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=4073&id_tipo=2&id_secao=17&id_pai=0&titulo_info=Setor%20el%E9trico%20inicia%20prepara%E7%E3o%20para%202014
Grupo de Trabalho foi criado para levantar as necessidades do sistema elétrico
Da redação, com informações da Agência Brasil
Fonte Maior Fonte Menor
Crédito: GettyImages
O governo iniciou a preparação do setor energético para a Copa de 2014, que será realizada no Brasil. Nesta segunda-feira (26/07) foi formado um grupo de trabalho que vai estudar a situação do setor e apontar necessidades de geração, transmissão e distribuição de energia para atender à demanda que será criada pelo Mundial. Segundo o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, o levantamento deve ser concluído até o fim do ano. “O objetivo é prover um nível de segurança necessária para que não haja interrupção durante os jogos.”
O grupo foi formado durante a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Os trabalhos serão coordenados pelo Ministério de Minas e Energia. Também serão formadas várias forças-tarefas, que ficarão sob a coordenação do ONS e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Os trabalhos terão apoio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), das distribuidoras e das secretarias estaduais.
Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=4073&id_tipo=2&id_secao=17&id_pai=0&titulo_info=Setor%20el%E9trico%20inicia%20prepara%E7%E3o%20para%202014
sábado, 17 de julho de 2010
ATENÇÃO TOTAL
15 de julho de 2010 | N° 8867
VISOR | RAFAEL MARTINI
*
ATENÇÃO TOTAL
Todo cuidado é pouco. Com as férias de julho, também cresce o número de crianças nas ruas. Uma das atividades preferidas pela molecada ainda é empinar pipa. Dados da Celesc Distribuição mostram que a brincadeira é responsável por 6% das ocorrências relacionadas ao desligamento da energia elétrica em SC. O simples contato da linha com os cabos da rede pode causar sérios acidentes, alerta o engenheiro eletricista Jonas Abílio Sestrem Júnior. Em caso de acidente, acione o número de emergência da Celesc (0800-480120) e o Samu (192).
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2971414.xml&template=3916.dwt&edition=15093§ion=213
VISOR | RAFAEL MARTINI
*
ATENÇÃO TOTAL
Todo cuidado é pouco. Com as férias de julho, também cresce o número de crianças nas ruas. Uma das atividades preferidas pela molecada ainda é empinar pipa. Dados da Celesc Distribuição mostram que a brincadeira é responsável por 6% das ocorrências relacionadas ao desligamento da energia elétrica em SC. O simples contato da linha com os cabos da rede pode causar sérios acidentes, alerta o engenheiro eletricista Jonas Abílio Sestrem Júnior. Em caso de acidente, acione o número de emergência da Celesc (0800-480120) e o Samu (192).
Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2971414.xml&template=3916.dwt&edition=15093§ion=213
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Aneel discute limites de DEC e FEC para distribuidoras
São Paulo, 07 de Julho de 2010 - 18:07
Agência abre consulta pública para aperfeiçoar metodologia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública nesta segunda-feira (5/07) para receber constribuições com o objetivo de aperfeiçoar a metodologia de definição dos limites de interrupções no fornecimento para as distribuidoras de energia. Os interessados poderão mandar sugestões, somente por escrito, até 23 de agosto.
A consulta vai subsidiar as decisões relativas aos indicadores de duração equivalente de interrupção por unidade consumidora (DEC) e frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora (FEC). Após o processo, a Aneel vai apresentar um texto com a proposta de metodologia, seguido por perguntas para expôr a matéria para a sociedade.
De acordo com a agência, os principais assuntos abordados na consulta são: definição dos atributos das distribuidoras, agrupamentos das distribuidoras, definição dos atributos dos conjuntos de unidades consumidoras, agrupamentos dos conjuntos e definição dos limites de DEC e FEC dos conjuntos. Todos os dados utilizados, assim como os resultados obtidos, serão disponibilizados na consulta.
Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=3906&id_tipo=2&id_secao=12&id_pai=0&titulo_info=Aneel%20discute%20limites%20para%20DEF%20e%20FEC
Agência abre consulta pública para aperfeiçoar metodologia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu consulta pública nesta segunda-feira (5/07) para receber constribuições com o objetivo de aperfeiçoar a metodologia de definição dos limites de interrupções no fornecimento para as distribuidoras de energia. Os interessados poderão mandar sugestões, somente por escrito, até 23 de agosto.
A consulta vai subsidiar as decisões relativas aos indicadores de duração equivalente de interrupção por unidade consumidora (DEC) e frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora (FEC). Após o processo, a Aneel vai apresentar um texto com a proposta de metodologia, seguido por perguntas para expôr a matéria para a sociedade.
De acordo com a agência, os principais assuntos abordados na consulta são: definição dos atributos das distribuidoras, agrupamentos das distribuidoras, definição dos atributos dos conjuntos de unidades consumidoras, agrupamentos dos conjuntos e definição dos limites de DEC e FEC dos conjuntos. Todos os dados utilizados, assim como os resultados obtidos, serão disponibilizados na consulta.
Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=3906&id_tipo=2&id_secao=12&id_pai=0&titulo_info=Aneel%20discute%20limites%20para%20DEF%20e%20FEC
sábado, 26 de junho de 2010
Luz para Todos atinge 12 milhões de beneficiados
Meta original do programa, criado em 2003, era chegar a 10 milhões
Da redação
O Programa Luz para Todos, do governo federal, completou o mês de maio com 2,37 milhões de ligações elétricas. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o número de beneficiados chega a 11,9 milhões de pessoas em todas regiões do País.
Criado em novembro de 2003, o programa estabeleceu como meta original atender 10 milhões de pessoas, principalmente no meio rural. O número foi ultrapassado em junho de 2009. Atualmente, o governo trabalha com a previsão de completar 15 milhões de atendidos - cerca de 3 milhões de famílias - até o final deste ano. O Luz para Todos conta com um orçamento de R$1,3 bilhão para este ano.
Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=3762&id_tipo=2&id_secao=12&id_pai=0&titulo_info=Luz%20para%20Todos%20atinge%2012%20milh%F5es%20de%20pessoas
Da redação
O Programa Luz para Todos, do governo federal, completou o mês de maio com 2,37 milhões de ligações elétricas. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o número de beneficiados chega a 11,9 milhões de pessoas em todas regiões do País.
Criado em novembro de 2003, o programa estabeleceu como meta original atender 10 milhões de pessoas, principalmente no meio rural. O número foi ultrapassado em junho de 2009. Atualmente, o governo trabalha com a previsão de completar 15 milhões de atendidos - cerca de 3 milhões de famílias - até o final deste ano. O Luz para Todos conta com um orçamento de R$1,3 bilhão para este ano.
Fonte: http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=3762&id_tipo=2&id_secao=12&id_pai=0&titulo_info=Luz%20para%20Todos%20atinge%2012%20milh%F5es%20de%20pessoas
sábado, 1 de maio de 2010
BELO MONTE - PARA PENSAR!!!!
Qual seria a reação dos norte-americanos caso um cineasta brasileiro organizasse um movimento contra a construção de uma usina hidrelétrica nos EUA?
Pense nisto!!!!
Pense nisto!!!!
São Roque, 1 de Maio de 2010.
Policial
Pintor morre eletrocutado em São Roque O trabalhador encostou o rolo de pintura na rede elétrica e foi eletrocutado
30/4/2010 - 09:34:00
O autônomo Marcos Roberto de Souza, de 37 anos, morador da Vila Nova, morreu eletrocutado. Ele estava pintando uma construção na avenida Brasil, em São Roque, na última segunda-feira, 26, por volta das 8h10, quando o rolo de pintura encostou na rede elétrica de alta tensão da CPFL de aproximadamente 23 mil volts.
O pintor trabalhava sem nenhuma segurança em uma obra particular que havia sido embargada pela prefeitura de São Roque desde o início do ano. A construção de três andares é de propriedade de André Luis Pereira Leite.
Segundo consta no Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar estava em patrulhamento pela avenida, quando foi acionada por populares que relataram o que havia acontecido com o pintor. Os policiais foram prestar o atendimento e em poucos minutos chegou à viatura do Corpo de Bombeiros, os quais começaram um trabalho de reanimação em Souza. Os bombeiros tentaram reanimá-lo e em seguida o encaminharam para o Pronto Atendimento da Santa Casa local, mas ele veio a falecer.
De acordo ainda com as informações contidas no BO, o local do acidente foi preservado imediatamente até a chegada da perícia técnica de Sorocaba. A Delegacia de São Roque elaborou uma requisição para o encaminhamento da vítima até o Instituto Médico Legal de Sorocaba (IML). Já os cabos extensores metálicos e o rolo de pintura utilizado por Souza foram apreendidos.
Alguns populares que trabalham na avenida Brasil afirmaram que além de Souza, outro pedreiro também executava serviços na obra e no momento do acidente, apenas os dois se encontravam no prédio.
Em nota, a Prefeitura informou que o proprietário do local já foi multado devido à obra não respeitar os recuos de limitação, de nenhum lado. Na construção não há um parâmetro de medidas.
A reportagem do Jornal da Economia procurou pelo proprietário do imóvel para falar sobre o assunto, mas não conseguiu localizá-lo.
Prevenções para evitar acidentes:
O engenheiro eletricista Julio José Negro Filho, conhecido popularmente como Ximxim, explicou para a reportagem do JE que para evitar acidentes desse tipo, o correto é solicitar o isolamento da energia para a CPFL. “Existe uma distância mínima para você estar longe da rede elétrica, pois há um campo elétrico em volta do cabo. Se a voltagem for de 25 mil volts, a distância deverá ser maior do que 30 centímetros. É ideal também fazer a isolação do cabo de alta tensão. Ressalto que é importante às pessoas terem sempre uma orientação de algum especialista na parte elétrica”, comentou o engenheiro eletricista.
Em decorrência das mortes no Brasil por eletrocução, o Ministério do Trabalho obriga todo eletricista a fazer o curso de NR10, que tem por objetivo informar sobre a segurança de instalação e serviços de eletricidade.
Julio informou que a NR10 orienta para que o eletricista trabalhe com a rede desenergizada, ou seja, com a rede desligada. A norma aconselha ainda que somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para o trabalho mediante os procedimentos apropriados.
Esses procedimentos são: desligamento do disjuntor, trancar o local onde o disjuntor esta. Após o desligamento do disjuntor também é necessário à colocação de um aparelho para constatar que não há tensão.
FONTE: http://www.jeonline.com.br/sitenovo/exibe_noticia.asp?n=3420&id=574
Policial
Pintor morre eletrocutado em São Roque O trabalhador encostou o rolo de pintura na rede elétrica e foi eletrocutado
30/4/2010 - 09:34:00
O autônomo Marcos Roberto de Souza, de 37 anos, morador da Vila Nova, morreu eletrocutado. Ele estava pintando uma construção na avenida Brasil, em São Roque, na última segunda-feira, 26, por volta das 8h10, quando o rolo de pintura encostou na rede elétrica de alta tensão da CPFL de aproximadamente 23 mil volts.
O pintor trabalhava sem nenhuma segurança em uma obra particular que havia sido embargada pela prefeitura de São Roque desde o início do ano. A construção de três andares é de propriedade de André Luis Pereira Leite.
Segundo consta no Boletim de Ocorrência, a Polícia Militar estava em patrulhamento pela avenida, quando foi acionada por populares que relataram o que havia acontecido com o pintor. Os policiais foram prestar o atendimento e em poucos minutos chegou à viatura do Corpo de Bombeiros, os quais começaram um trabalho de reanimação em Souza. Os bombeiros tentaram reanimá-lo e em seguida o encaminharam para o Pronto Atendimento da Santa Casa local, mas ele veio a falecer.
De acordo ainda com as informações contidas no BO, o local do acidente foi preservado imediatamente até a chegada da perícia técnica de Sorocaba. A Delegacia de São Roque elaborou uma requisição para o encaminhamento da vítima até o Instituto Médico Legal de Sorocaba (IML). Já os cabos extensores metálicos e o rolo de pintura utilizado por Souza foram apreendidos.
Alguns populares que trabalham na avenida Brasil afirmaram que além de Souza, outro pedreiro também executava serviços na obra e no momento do acidente, apenas os dois se encontravam no prédio.
Em nota, a Prefeitura informou que o proprietário do local já foi multado devido à obra não respeitar os recuos de limitação, de nenhum lado. Na construção não há um parâmetro de medidas.
A reportagem do Jornal da Economia procurou pelo proprietário do imóvel para falar sobre o assunto, mas não conseguiu localizá-lo.
Prevenções para evitar acidentes:
O engenheiro eletricista Julio José Negro Filho, conhecido popularmente como Ximxim, explicou para a reportagem do JE que para evitar acidentes desse tipo, o correto é solicitar o isolamento da energia para a CPFL. “Existe uma distância mínima para você estar longe da rede elétrica, pois há um campo elétrico em volta do cabo. Se a voltagem for de 25 mil volts, a distância deverá ser maior do que 30 centímetros. É ideal também fazer a isolação do cabo de alta tensão. Ressalto que é importante às pessoas terem sempre uma orientação de algum especialista na parte elétrica”, comentou o engenheiro eletricista.
Em decorrência das mortes no Brasil por eletrocução, o Ministério do Trabalho obriga todo eletricista a fazer o curso de NR10, que tem por objetivo informar sobre a segurança de instalação e serviços de eletricidade.
Julio informou que a NR10 orienta para que o eletricista trabalhe com a rede desenergizada, ou seja, com a rede desligada. A norma aconselha ainda que somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para o trabalho mediante os procedimentos apropriados.
Esses procedimentos são: desligamento do disjuntor, trancar o local onde o disjuntor esta. Após o desligamento do disjuntor também é necessário à colocação de um aparelho para constatar que não há tensão.
FONTE: http://www.jeonline.com.br/sitenovo/exibe_noticia.asp?n=3420&id=574
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Uso de lentes de contato no ambiente de trabalho
Este Informativo Técnico foi produzido pela área de Saúde Ocupacional e Segurança Ambiental da 3M e é destinado aos Profissionais de Segurança. Se desejar obter mais informações, utilize o formulário do Fale Conosco.
Uso de lentes de contato no ambiente de trabalho
Nos últimos tempos tem havido muitas dúvidas a respeito do uso de lentes de contato no ambiente de trabalho, este artigo tem a intenção de esclarecer alguns pontos a respeito deste assunto. Para isso vamos dividir em dois assuntos: uso de lentes de contato em ambientes onde existem gases e vapores, e uso de lentes de contato onde existem arco elétrico, ou radiações de solda.
Primeiramente vamos falar do uso de lentes de contato em locais onde existem gases e vapores. Desde 1978 a recomendação do NIOSH era que trabalhadores não usassem lentes de contato em ambientes com este tipo de contaminantes, esta recomendação era consistente com as práticas industriais da época. Em 2005 o NIOSH publicou um boletim com algumas recomendações a respeito do uso de lentes de contato no ambiente de trabalho.
A maior preocupação que existe em torno do tema é a possibilidade de haver reação da lente de contato com o contaminante presente no ambiente, sendo assim vários laboratórios estudaram os fenômenos de adsorção e absorção de ácidos, bases e outros solventes pelas lentes de contato. Estes estudos indicaram que a adsorção e absorção que ocorre não seria um risco significante para os olhos do trabalhador. Partindo disso a recomendação é que usuários possam usar lentes de contato no ambiente de trabalho, desde que dada a devida proteção, pois lentes de contato não são equipamentos de proteção e o uso das mesmas não reduz os requerimentos de proteção aos olhos e face.
Uma vez que o contaminante no ambiente seja um gás ou vapor que cause irritação aos olhos já requer o uso de proteção aos olhos, sejam óculos ampla visão ou respirador facial inteiro, e o uso de lentes de contato seria uma boa opção para aqueles equipamentos que não possuem a opção de um clip para lente graduada.
Porém ainda assim algumas recomendações devem ser seguidas:
1) Conduzir uma análise de riscos aos olhos no ambiente de trabalho, que inclua quais os contaminantes presentes, seus limites de exposição, se há possibilidade de irritação aos olhos, estado físico em que se encontra: poeiras, líquidos ou vapores, e possíveis vias de exposição. Para os usuários de lentes de contato a análise de risco deve incluir avaliação de possíveis reações do contaminante com a lente.
2) Uma vez definida a presença de gases e vapores no ambiente, a mínima proteção requerida para os olhos, são óculos ampla visão, bem vedados e não ventilados, ou respirador tipo peça facial inteira, seja para um usuário de lente de contato ou não.
3) Os supervisores da área de segurança devem saber de todos os funcionários que usam lentes de contato, para garantir que a correta proteção está disponível.
4) Usuários e visitantes devem ser notificados de áreas onde o uso de lentes de contato seja proibido, por políticas da empresa.
As recomendações acima, foram tiradas do boletim NIOSH, e se aplicam à ambientes com gases e vapores, não à ambientes, com calor excessivo, ou presença de particulados.
Vamos agora falar sobre o uso de lente de contato em operações de solda e arco voltaico. Nos últimos tempos muitos boatos surgiram de trabalhadores que tiveram a lente de contato aderida aos olhos, e somente perceberam o fato horas mais tarde quando a mesma já havia fundido na córnea. Nenhum destes boatos foram realmente provados, e muitas organizações internacionais como OSHA (Occupational Safety and Health Admistration), FDA (Food and Drug Admistration), NSC (National Safety Council) e nacionais, como a SOBLEC(Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria), publicaram que tais incidentes não poderiam ocorrer.
Um dos motivos para que estes relatos sejam apenas boatos, é que as radiações infravermelhas e microondas, presentes no arco voltaico e na solda, se atingissem os olhos em quantidade suficiente para secar a lente de contato, resultariam em dor insuportável para o trabalhador, pois as mesmas queimariam outras estruturas como pálpebras, cílios, cristalino e até mesmo a pele. Além do mais uma lente de contato desprovida de água, ficaria deformada, o que tornaria seu uso incompatível com o olho humano.
Conclui-se que o uso de lentes de contato não torna o olho mais ou menos susceptível a acidentes. Porém algumas recomendações são feitas para estas situações:
1) Use sempre as lentes de contato em conjunto com a proteção aos olhos adequada.
2) Os supervisores da área de segurança devem saber de todos os funcionários que usam lentes de contato.
3) Treine os funcionários quanto à maneira correta de remoção das lentes de contato.
4) Conscientize os funcionários que usam lentes de contato, para terem sempre um par de lentes reserva, ou um par de óculos em mãos, para evitar tempo não trabalhado em caso de perda das lentes.
Marina S. Tonoli
Serviço Técnico da Divisão de Soluções para Saúde Ocupacional
3M do Brasil Ltda
Referências:
[1] NIOSH Current Inteligence Bulletin 59, Contact Lens Use in a Chemical Environment, Junho 2005;
[2] American Welding Society, Safety and Health Fact Sheet N° 12, Contact Lens Wear;
[3] Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, atualidades, Arco Voltaico X Lentes de Contato.
Uso de lentes de contato no ambiente de trabalho
Nos últimos tempos tem havido muitas dúvidas a respeito do uso de lentes de contato no ambiente de trabalho, este artigo tem a intenção de esclarecer alguns pontos a respeito deste assunto. Para isso vamos dividir em dois assuntos: uso de lentes de contato em ambientes onde existem gases e vapores, e uso de lentes de contato onde existem arco elétrico, ou radiações de solda.
Primeiramente vamos falar do uso de lentes de contato em locais onde existem gases e vapores. Desde 1978 a recomendação do NIOSH era que trabalhadores não usassem lentes de contato em ambientes com este tipo de contaminantes, esta recomendação era consistente com as práticas industriais da época. Em 2005 o NIOSH publicou um boletim com algumas recomendações a respeito do uso de lentes de contato no ambiente de trabalho.
A maior preocupação que existe em torno do tema é a possibilidade de haver reação da lente de contato com o contaminante presente no ambiente, sendo assim vários laboratórios estudaram os fenômenos de adsorção e absorção de ácidos, bases e outros solventes pelas lentes de contato. Estes estudos indicaram que a adsorção e absorção que ocorre não seria um risco significante para os olhos do trabalhador. Partindo disso a recomendação é que usuários possam usar lentes de contato no ambiente de trabalho, desde que dada a devida proteção, pois lentes de contato não são equipamentos de proteção e o uso das mesmas não reduz os requerimentos de proteção aos olhos e face.
Uma vez que o contaminante no ambiente seja um gás ou vapor que cause irritação aos olhos já requer o uso de proteção aos olhos, sejam óculos ampla visão ou respirador facial inteiro, e o uso de lentes de contato seria uma boa opção para aqueles equipamentos que não possuem a opção de um clip para lente graduada.
Porém ainda assim algumas recomendações devem ser seguidas:
1) Conduzir uma análise de riscos aos olhos no ambiente de trabalho, que inclua quais os contaminantes presentes, seus limites de exposição, se há possibilidade de irritação aos olhos, estado físico em que se encontra: poeiras, líquidos ou vapores, e possíveis vias de exposição. Para os usuários de lentes de contato a análise de risco deve incluir avaliação de possíveis reações do contaminante com a lente.
2) Uma vez definida a presença de gases e vapores no ambiente, a mínima proteção requerida para os olhos, são óculos ampla visão, bem vedados e não ventilados, ou respirador tipo peça facial inteira, seja para um usuário de lente de contato ou não.
3) Os supervisores da área de segurança devem saber de todos os funcionários que usam lentes de contato, para garantir que a correta proteção está disponível.
4) Usuários e visitantes devem ser notificados de áreas onde o uso de lentes de contato seja proibido, por políticas da empresa.
As recomendações acima, foram tiradas do boletim NIOSH, e se aplicam à ambientes com gases e vapores, não à ambientes, com calor excessivo, ou presença de particulados.
Vamos agora falar sobre o uso de lente de contato em operações de solda e arco voltaico. Nos últimos tempos muitos boatos surgiram de trabalhadores que tiveram a lente de contato aderida aos olhos, e somente perceberam o fato horas mais tarde quando a mesma já havia fundido na córnea. Nenhum destes boatos foram realmente provados, e muitas organizações internacionais como OSHA (Occupational Safety and Health Admistration), FDA (Food and Drug Admistration), NSC (National Safety Council) e nacionais, como a SOBLEC(Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria), publicaram que tais incidentes não poderiam ocorrer.
Um dos motivos para que estes relatos sejam apenas boatos, é que as radiações infravermelhas e microondas, presentes no arco voltaico e na solda, se atingissem os olhos em quantidade suficiente para secar a lente de contato, resultariam em dor insuportável para o trabalhador, pois as mesmas queimariam outras estruturas como pálpebras, cílios, cristalino e até mesmo a pele. Além do mais uma lente de contato desprovida de água, ficaria deformada, o que tornaria seu uso incompatível com o olho humano.
Conclui-se que o uso de lentes de contato não torna o olho mais ou menos susceptível a acidentes. Porém algumas recomendações são feitas para estas situações:
1) Use sempre as lentes de contato em conjunto com a proteção aos olhos adequada.
2) Os supervisores da área de segurança devem saber de todos os funcionários que usam lentes de contato.
3) Treine os funcionários quanto à maneira correta de remoção das lentes de contato.
4) Conscientize os funcionários que usam lentes de contato, para terem sempre um par de lentes reserva, ou um par de óculos em mãos, para evitar tempo não trabalhado em caso de perda das lentes.
Marina S. Tonoli
Serviço Técnico da Divisão de Soluções para Saúde Ocupacional
3M do Brasil Ltda
Referências:
[1] NIOSH Current Inteligence Bulletin 59, Contact Lens Use in a Chemical Environment, Junho 2005;
[2] American Welding Society, Safety and Health Fact Sheet N° 12, Contact Lens Wear;
[3] Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, atualidades, Arco Voltaico X Lentes de Contato.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Se há um problema na qualidade do fornecimento, e os fatos recentes parecem mostrar que sim, os mesmos não podem ser atribuídos a deficiências regulat
Edvaldo Santana, da Aneel, Artigos e Entrevistas - 29/03/2010
As últimas semanas têm sido marcadas, no âmbito do setor elétrico, por notícias que dão conta da ocorrência de “pequenos apagões” em diferentes cidades do Brasil, sobretudo nos grandes centros. Notícias mais recentes ainda relacionam essas ocorrências a uma “estratégia” de redução de investimentos por parte de algumas distribuidoras. Afirmo que tal “estratégia”, se verdadeira, é de enorme risco para as distribuidoras, e é sobre isso que escrevo nestas poucas linhas.
É extremamente complexa a tarefa de definir incentivos ótimos, isto é, estabelecer incentivos que tornem o mais compatível possível os objetivos da firma regulada e os objetivos daqueles que recebem o serviço, no caso o consumidor. O sistema de regulação utilizado no Brasil, para o segmento de distribuição, consiste, em linhas gerais, na regulação por incentivo, em que se procura estimular os agentes a atuarem de acordo com os objetivos do Principal (a Agência). O Principal deve perseguir um objetivo primordial, definido na Lei de Concessão, que é a adequabilidade do serviço.
A Lei também define, no detalhe, os atributos de um serviço adequado, que consiste em um serviço prestado com regularidade, de forma contínua e eficiente, com segurança e atualidade, preservando a cortesia e a modicidade das tarifas. Em outras palavras, o serviço de energia elétrica deve ser adequado, contínuo, atual e preservar a modicidade das tarifas. Se uma dada distribuidora adota conduta que foge disso, a mesma está sujeita às penalidades previstas em normas da ANEEL.
Pela sistemática de revisão das tarifas de energia elétrica adotada pela ANEEL, o cálculo do fator X (que é, grosso modo, um redutor de parte da tarifa nos anos após a revisão) tem como uma de suas variáveis o valor dos investimentos a serem realizados pelas distribuidoras ao longo do ciclo de revisão, que tem em média quatro anos. Neste contexto, as concessionárias propõem ao regulador os valores dos investimentos para cada ano e a partir disso é obtido um fator X, que varia na proporção dos investimentos, sem esquecer que tal proporção não é direta.
Mas o que acontece se a distribuidora se compromete a fazer um determinado programa de obras e não cumpre o prometido? Conforme pode ser verificado no Anexo VI da Resolução Normativa nº 338/2008, ao final do 2º ciclo – no caso da Eletropaulo, por exemplo, julho de 2011 – é recalculado o fator X, considerando os investimentos efetivamente realizados. Se o X recalculado resultar maior do que o estabelecido quando da revisão, então a diferença entre seus valores será devolvida para os consumidores por meio de redução da Parcela B. A Parcela B, para quem não sabe, é a componente dos custos da empresa da qual faz parte, por exemplo, a remuneração dos acionistas.
Como ilustração (que pode ser vista com detalhe em um gráfico da página 5 do Anexo VI da resolução mencionada acima), se os investimentos realizados são de apenas 60% do prometido, então a Parcela B será reduzida em mais de 2,2 pontos percentuais em cada um dos quatro anos do ciclo seguinte, o que representa uma razoável redução de tarifas, se contarmos que em 2010 as tarifas têm tido reajustes negativos. Se a concessionária possui um ciclo tarifário de cinco anos (casos Enersul e da Light), então a mesma relação de investimentos (60%) resulta na redução de quase três pontos percentuais na Parcela B.
São reduções significativas, nos dois casos, maiores até do que os maiores fatores X, razão pela qual entendo que a estratégia de redução de investimentos, caso seja confirmada, envolve custos concretos para as distribuidoras, daí os enormes riscos de uma estratégia em que todos têm a perder. É um equívoco das distribuidoras tal conduta, que nada tem a ver com os contratos de concessão assinados, com a prestação de um serviço que é público, no caso específico um serviço essencial para toda a sociedade.
Mas o recálculo do fator X é apenas um dos incentivos utilizados pela ANEEL. Se o serviço não é prestado de forma contínua, casos dos chamados pequenos apagões, as concessionárias ficam sujeitas ainda a dois tipos de penalidades: uma associada ao não cumprimento das metas para seus indicadores de continuidade e outra, objeto de fiscalização, vinculada à própria prestação de um serviço de forma inadequada, conforme previsto no inciso III do art. 6º da Resolução Normativa nº 63, de 2004. Por tal dispositivo, deixar de realizar as obras essenciais à prestação do serviço adequado sujeita a distribuidora a uma penalidade do grupo III, que pode chegar a 1% de sua receita. Também a título de ilustração, em 2008 e 2009 foram aplicados quase R$ 75 milhões de multas apenas por queda na qualidade do serviço, sem contar aquelas do grupo III.
Em resumo: se há um problema na qualidade do fornecimento, e os fatos recentes parecem mostrar que sim, os mesmos não podem ser atribuídos a deficiências regulatórias ou de fiscalizações. A ANEEL não é infalível, mas nos casos presentes atuou de maneira proativa, ao criar incentivos regulatórios que se presumem adequados. Ademais, seria impraticável, por ser muito caro para os consumidores, uma fiscalização onipresente da ANEEL.
É bem verdade que o processo de regulação por incentivo, para ser eficaz, requer aprimoramentos contínuos, como os que foram feitos em 2008 para o caso do fator X, e outros serão implementados, sempre que necessários. Por fim, os consumidores de energia elétrica podem ter certeza que a ANEEL não medirá esforços, como jamais o fez, para que o objetivo (da prestação de um serviço adequado) seja cumprido, uma vez que tal objetivo é a razão de ser da Agência.
Edvaldo Santana é diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica
As últimas semanas têm sido marcadas, no âmbito do setor elétrico, por notícias que dão conta da ocorrência de “pequenos apagões” em diferentes cidades do Brasil, sobretudo nos grandes centros. Notícias mais recentes ainda relacionam essas ocorrências a uma “estratégia” de redução de investimentos por parte de algumas distribuidoras. Afirmo que tal “estratégia”, se verdadeira, é de enorme risco para as distribuidoras, e é sobre isso que escrevo nestas poucas linhas.
É extremamente complexa a tarefa de definir incentivos ótimos, isto é, estabelecer incentivos que tornem o mais compatível possível os objetivos da firma regulada e os objetivos daqueles que recebem o serviço, no caso o consumidor. O sistema de regulação utilizado no Brasil, para o segmento de distribuição, consiste, em linhas gerais, na regulação por incentivo, em que se procura estimular os agentes a atuarem de acordo com os objetivos do Principal (a Agência). O Principal deve perseguir um objetivo primordial, definido na Lei de Concessão, que é a adequabilidade do serviço.
A Lei também define, no detalhe, os atributos de um serviço adequado, que consiste em um serviço prestado com regularidade, de forma contínua e eficiente, com segurança e atualidade, preservando a cortesia e a modicidade das tarifas. Em outras palavras, o serviço de energia elétrica deve ser adequado, contínuo, atual e preservar a modicidade das tarifas. Se uma dada distribuidora adota conduta que foge disso, a mesma está sujeita às penalidades previstas em normas da ANEEL.
Pela sistemática de revisão das tarifas de energia elétrica adotada pela ANEEL, o cálculo do fator X (que é, grosso modo, um redutor de parte da tarifa nos anos após a revisão) tem como uma de suas variáveis o valor dos investimentos a serem realizados pelas distribuidoras ao longo do ciclo de revisão, que tem em média quatro anos. Neste contexto, as concessionárias propõem ao regulador os valores dos investimentos para cada ano e a partir disso é obtido um fator X, que varia na proporção dos investimentos, sem esquecer que tal proporção não é direta.
Mas o que acontece se a distribuidora se compromete a fazer um determinado programa de obras e não cumpre o prometido? Conforme pode ser verificado no Anexo VI da Resolução Normativa nº 338/2008, ao final do 2º ciclo – no caso da Eletropaulo, por exemplo, julho de 2011 – é recalculado o fator X, considerando os investimentos efetivamente realizados. Se o X recalculado resultar maior do que o estabelecido quando da revisão, então a diferença entre seus valores será devolvida para os consumidores por meio de redução da Parcela B. A Parcela B, para quem não sabe, é a componente dos custos da empresa da qual faz parte, por exemplo, a remuneração dos acionistas.
Como ilustração (que pode ser vista com detalhe em um gráfico da página 5 do Anexo VI da resolução mencionada acima), se os investimentos realizados são de apenas 60% do prometido, então a Parcela B será reduzida em mais de 2,2 pontos percentuais em cada um dos quatro anos do ciclo seguinte, o que representa uma razoável redução de tarifas, se contarmos que em 2010 as tarifas têm tido reajustes negativos. Se a concessionária possui um ciclo tarifário de cinco anos (casos Enersul e da Light), então a mesma relação de investimentos (60%) resulta na redução de quase três pontos percentuais na Parcela B.
São reduções significativas, nos dois casos, maiores até do que os maiores fatores X, razão pela qual entendo que a estratégia de redução de investimentos, caso seja confirmada, envolve custos concretos para as distribuidoras, daí os enormes riscos de uma estratégia em que todos têm a perder. É um equívoco das distribuidoras tal conduta, que nada tem a ver com os contratos de concessão assinados, com a prestação de um serviço que é público, no caso específico um serviço essencial para toda a sociedade.
Mas o recálculo do fator X é apenas um dos incentivos utilizados pela ANEEL. Se o serviço não é prestado de forma contínua, casos dos chamados pequenos apagões, as concessionárias ficam sujeitas ainda a dois tipos de penalidades: uma associada ao não cumprimento das metas para seus indicadores de continuidade e outra, objeto de fiscalização, vinculada à própria prestação de um serviço de forma inadequada, conforme previsto no inciso III do art. 6º da Resolução Normativa nº 63, de 2004. Por tal dispositivo, deixar de realizar as obras essenciais à prestação do serviço adequado sujeita a distribuidora a uma penalidade do grupo III, que pode chegar a 1% de sua receita. Também a título de ilustração, em 2008 e 2009 foram aplicados quase R$ 75 milhões de multas apenas por queda na qualidade do serviço, sem contar aquelas do grupo III.
Em resumo: se há um problema na qualidade do fornecimento, e os fatos recentes parecem mostrar que sim, os mesmos não podem ser atribuídos a deficiências regulatórias ou de fiscalizações. A ANEEL não é infalível, mas nos casos presentes atuou de maneira proativa, ao criar incentivos regulatórios que se presumem adequados. Ademais, seria impraticável, por ser muito caro para os consumidores, uma fiscalização onipresente da ANEEL.
É bem verdade que o processo de regulação por incentivo, para ser eficaz, requer aprimoramentos contínuos, como os que foram feitos em 2008 para o caso do fator X, e outros serão implementados, sempre que necessários. Por fim, os consumidores de energia elétrica podem ter certeza que a ANEEL não medirá esforços, como jamais o fez, para que o objetivo (da prestação de um serviço adequado) seja cumprido, uma vez que tal objetivo é a razão de ser da Agência.
Edvaldo Santana é diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Terceirizados tem maior incidência de morte no setor elétrico, aponta Dieese
Terceirizados tem maior incidência de morte no setor elétrico, aponta Dieese
Em 2008, a taxa de mortalidade ficou em 47,5 por 100 mil trabalhadores para terceirizados contra 14,8 para trabalhadores do quadro próprio das empresas
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos
01/04/2010
A mortalidade por acidente de trabalho no setor elétrico se mostrou substancialmente mais elevada entre os terceirizados do que entre trabalhadores próprios, de acordo com um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre os anos de 2006 e 2008. Nesse último ano, o segmento contava com 227,8 mil trabalhadores, dos quais 126,3 mil eram terceirizados.
Segundo este dado, o nível de terceirização no setor elétrico naquele ano estava na casa de 55,5% da força de trabalho. No entanto, para fazer a avaliação, o Dieese descartou as informações das empresas que não divulgaram dados da mão de obra terceirizadas. Com base neste critério, chegou-se a um índice de terceirização da ordem de 58,3%.
O documento apontou que em 2008 a taxa de mortalidade da força de trabalho do setor foi de 32,9 mortes por grupo de 100 mil trabalhadores. Naquele ano, a análise segmentada da força de trabalho revelou uma taxa de mortalidade 3,21 vezes superior entre os trabalhadores terceirizados em relação ao verificado para o quadro próprio. A taxa ficou em 47,5 para os terceirizados contra 14,8 para os trabalhadores do quadro próprio das empresas.
A comparação entre as atividades, de acordo com o estudo, revelou que as empresas distribuidoras, no geral, apresentam taxas de mortalidade mais elevadas que as geradoras, cumprindo papel preponderante na definição da taxa de mortalidade do setor. Em 2008, a taxa de mortalidade de terceirizados das distribuidoras chegou a 56,9 contra 13 das dos demais segmentos para cada 100 mil habitantes. Observa-se, na análise por atividade, que também não há situação na qual a taxa de mortalidade do segmento terceirizado seja inferior ao do segmento próprio.
A análise regionalizada identificou que, nos três anos, as maiores taxas de mortalidade do quadro próprio foram registradas na região Norte. A maior, de 47,7, foi registrada em 2008. Em relação às taxas de mortalidade dos terceirizados, as maiores correspondem a três dígitos. Na região Norte, em 2006, foram 177 mortes por grupo de 100 mil trabalhadores, no Centro-Oeste, em 2007, 115,7, e outra vez no Norte, em 2008, 106,1.
Em 2008, a taxa de mortalidade ficou em 47,5 por 100 mil trabalhadores para terceirizados contra 14,8 para trabalhadores do quadro próprio das empresas
Carolina Medeiros, da Agência CanalEnergia, Recursos Humanos
01/04/2010
A mortalidade por acidente de trabalho no setor elétrico se mostrou substancialmente mais elevada entre os terceirizados do que entre trabalhadores próprios, de acordo com um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre os anos de 2006 e 2008. Nesse último ano, o segmento contava com 227,8 mil trabalhadores, dos quais 126,3 mil eram terceirizados.
Segundo este dado, o nível de terceirização no setor elétrico naquele ano estava na casa de 55,5% da força de trabalho. No entanto, para fazer a avaliação, o Dieese descartou as informações das empresas que não divulgaram dados da mão de obra terceirizadas. Com base neste critério, chegou-se a um índice de terceirização da ordem de 58,3%.
O documento apontou que em 2008 a taxa de mortalidade da força de trabalho do setor foi de 32,9 mortes por grupo de 100 mil trabalhadores. Naquele ano, a análise segmentada da força de trabalho revelou uma taxa de mortalidade 3,21 vezes superior entre os trabalhadores terceirizados em relação ao verificado para o quadro próprio. A taxa ficou em 47,5 para os terceirizados contra 14,8 para os trabalhadores do quadro próprio das empresas.
A comparação entre as atividades, de acordo com o estudo, revelou que as empresas distribuidoras, no geral, apresentam taxas de mortalidade mais elevadas que as geradoras, cumprindo papel preponderante na definição da taxa de mortalidade do setor. Em 2008, a taxa de mortalidade de terceirizados das distribuidoras chegou a 56,9 contra 13 das dos demais segmentos para cada 100 mil habitantes. Observa-se, na análise por atividade, que também não há situação na qual a taxa de mortalidade do segmento terceirizado seja inferior ao do segmento próprio.
A análise regionalizada identificou que, nos três anos, as maiores taxas de mortalidade do quadro próprio foram registradas na região Norte. A maior, de 47,7, foi registrada em 2008. Em relação às taxas de mortalidade dos terceirizados, as maiores correspondem a três dígitos. Na região Norte, em 2006, foram 177 mortes por grupo de 100 mil trabalhadores, no Centro-Oeste, em 2007, 115,7, e outra vez no Norte, em 2008, 106,1.
sábado, 27 de março de 2010
Vestimenta Adequada Para O Setor EléTrico
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sábado, 13 de março de 2010
Copel de olho na Celesc
Quinta-feira, 11 de março de 2010
Copel de olho na Celesc
Em meio a notícias sobre a insatisfação dos acionistas minoritários da Celesc, a Copel, estatal de energia do governo do Paraná e maior companhia de energia da Região Sul, com faturamento de aproximadamente R$ 8 bilhões, manifestou interesse em ser acionista da estatal catarinense. O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse que pretende iniciar negociações com o fundo de pensão Previ, que detém 14,5% do capital total da Celesc. Além disso, ele diz que a companhia tem interesse numa fusão com a Celesc e com a CEEE, formando uma grande estatal de energia da Região Sul. Ghilardi afirma que essa fusão já foi cogitada pelos governadores Luiz Henrique, de SC, e Roberto Requião, do Paraná, mas não avançou.
#
Entrave na Justiça
#
A participação da Previ também gera interesse da mineira Cemig, que firmou um acordo de cooperação técnica com a Celesc. A Previ pode ter interesse em vender sua participação, mas isso exigiria o fim de disputa na Justiça sobre debêntures que dão direito a 14,5% do capital da empresa, incluindo 33,1% das ações ordinárias, com direito a voto. O governo deveria desistir dessa disputa na Justiça e reconhecer que o fundo de pensão é o dono das ações para viabilizar o negócio.
O presidente da Celesc Distribuição, Felipe Luz, assegurou que a participação do governo catarinense na Celesc, que garante o controle da gestão, não está à venda. A participação da Previ pode ser negociada caso ela tenha interesse.
#
A parte da Previ
#
Pode variar de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões o valor da participação da Previ na Celesc, segundo avaliação preliminar feita por um analista de mercado.
Segundo o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, a companhia tem elevada capacidade de investimento. Pode dispor de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
Copel de olho na Celesc
Em meio a notícias sobre a insatisfação dos acionistas minoritários da Celesc, a Copel, estatal de energia do governo do Paraná e maior companhia de energia da Região Sul, com faturamento de aproximadamente R$ 8 bilhões, manifestou interesse em ser acionista da estatal catarinense. O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, disse que pretende iniciar negociações com o fundo de pensão Previ, que detém 14,5% do capital total da Celesc. Além disso, ele diz que a companhia tem interesse numa fusão com a Celesc e com a CEEE, formando uma grande estatal de energia da Região Sul. Ghilardi afirma que essa fusão já foi cogitada pelos governadores Luiz Henrique, de SC, e Roberto Requião, do Paraná, mas não avançou.
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Entrave na Justiça
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A participação da Previ também gera interesse da mineira Cemig, que firmou um acordo de cooperação técnica com a Celesc. A Previ pode ter interesse em vender sua participação, mas isso exigiria o fim de disputa na Justiça sobre debêntures que dão direito a 14,5% do capital da empresa, incluindo 33,1% das ações ordinárias, com direito a voto. O governo deveria desistir dessa disputa na Justiça e reconhecer que o fundo de pensão é o dono das ações para viabilizar o negócio.
O presidente da Celesc Distribuição, Felipe Luz, assegurou que a participação do governo catarinense na Celesc, que garante o controle da gestão, não está à venda. A participação da Previ pode ser negociada caso ela tenha interesse.
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A parte da Previ
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Pode variar de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões o valor da participação da Previ na Celesc, segundo avaliação preliminar feita por um analista de mercado.
Segundo o presidente da Copel, Rubens Ghilardi, a companhia tem elevada capacidade de investimento. Pode dispor de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
LUZ PARA TODOS
Apesar de ser do governo, este vídeo mostra a transformação causada pela chegada da energia elétrica em diversos rincões do Brasil e a dignidade que a mesma traz para a sociedade.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
ANIMAIS PEÇONHENTOS
Prezados
Segue material produzido pela FUNDACENTRO sobre animais peçonhentos. Este material é relevante para a área de segurança do trabalho e para área de operação da distribuição de energia elétrica, pois o eletricista de distribuição, mais precisamente o que trabalha na área rural, está sujeito a encontrar estes animais durante as suas atividades e é necessário que o mesmo saiba lidar com a presença destes e se caso for picado saber o que fazer para salvar a sua vida ou do comnpanheiro.

Segue material produzido pela FUNDACENTRO sobre animais peçonhentos. Este material é relevante para a área de segurança do trabalho e para área de operação da distribuição de energia elétrica, pois o eletricista de distribuição, mais precisamente o que trabalha na área rural, está sujeito a encontrar estes animais durante as suas atividades e é necessário que o mesmo saiba lidar com a presença destes e se caso for picado saber o que fazer para salvar a sua vida ou do comnpanheiro.
Animais PeçOnhentos
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Artigo - Plano De SegurançA Do Trabalho Em Oficinas Mecanicas De Veiculos Pesados
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sábado, 30 de janeiro de 2010
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